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~Ficha de Legado~ Lauren Salvatore

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Mensagem por Lauren Salvatore Sex Jan 25, 2013 12:55 am



Ω Ficha - Semideus Ω

Nome Completo do Personagem: Lauren Salvatore
Nacionalidade & Naturalidade: Americana (não se sabe o seu local de nascimento, explicado na história).
Idade e Data de Nascimento: 22/04/1996, 17 anos.
Sexo: Feminino.
Orientação Sexual: Bissexual.
Características Físicas: Tem por volta dos 1.70m de altura, não é uma garota alta mas também não é baixa. Tem a pele branca e naturalmente quente, seus olhos são claros e seu cabelo castanho escuro.
Características Psicológicas: Curiosa e determinada, Lauren fora criada em um pequeno mundo fechado para sua própria segurança o que gerou uma certa curiosidade pelo desconhecido. Um pouco impulsiva, às vezes não consegue conter os seus instintos. Delicada e gentil, porém sabendo ser defensiva e guerreira quando provocada ou posta em perigo.
Sangue:Romano.
Filiação Daniel Salvatore (Pai biológico).
Irmãos -
Sobre eles:Seu pai atualmente mora em São Francisco para manter-se o mais perto possível de Lauren, trabalha como médico.
Parente Olimpiano: Mens.
Descendência: Terciera geração.




Historia do Personagem
.


Chicago, 1992.


O som ritmado do saxofone acompanhava em sincronia as notas determinadas freneticamente pelos dedos do pianista e seu instrumento. A harmonia produzia uma música agitada e em ritmo de Jazz. Casais se balançavam de um lado para o outro, alguns com sorrisos divertidos, outros com uma troca de olhares sedutores. O cheiro de cigarro se mesclava ao de bebidas como whisky e conhaque, porém não parecia incomodar a nenhum dos frequentadores daquele bar e danceteria do centro de Chicago.

Um homem misterioso saía pela estreita porta desse bar, deixando para trás o odor e a música que mais tocava em sua época. Ele esquivou-se habilmente de um abraço sinuoso de uma loira de cabelos curtos, claramente afetada pela bebida por causa de seu sorriso abobalhado. Tudo o que ele almejava era um pouco de paz antes de retornar ao seu apartamento alugado. Talvez estivesse chegando a hora. Esse pensamento intruso fez com que seu rosto expressasse seriedade, os lábios se comprimiram até formar uma linha tênue e as sobrancelhas moveram-se em mesma direção o fazendo franzir o cenho. Em seus cálculos já iria se formar seis meses desde que descera do trem na eletrizante cidade de Chicago. Era tempo demais para uma pessoa como ele ficar no mesmo lugar.

Ali chamava-se Robert Smith, um comerciante sem muitos clientes, apenas o necessário para sobreviver. Costumava trajar as roupas mais comuns, uma calça escura social, um sapato recém engraxado de cor preta. Sua camisa era sem botões, um pouco justa em seu tórax largo e definido e de cor branca. Para completar um suspensório que formava um Y em suas costas de cor escura. Era charmoso, misterioso e mais ativo durante a noite, mas em nada poderia mudar sobre isso, fazia parte de sua natureza da mesma forma que seus cabelos eram escuros e os olhos de um azul claro.

Um som irritante quebrou a linha de pensamento dele. Com um olhar fugaz ele olha em direção a origem do som e descobre dois homens encurralando uma bela mulher. Por um momento ele tem dúvida, deveria arriscar a expor mais do que deveria e ajudar aquela mulher? Ou simplesmente ignorar e talvez encontrá-la novamente nas manchetes do jornal da manhã? Ele contém a respiração, indignado consigo mesmo por hesitar perante as duas escolhas. Em passos largos e decididos o homem se dirige até a pequena confusão que se seguia do outro lado da rua.

-Cavalheiros – chama a atenção com uma voz dura e grave – Acho que a dama não deseja vossa companhia. Poderiam ir embora sem confusão?

Sabia que seria inútil, mas uma tola esperança sempre aparecia nesses momentos de que aqueles humanos não fossem tão sem inteligência quanto aparentavam. Os dois meliantes se encaram por alguns segundos e começam a rir em escárnio pela ousadia dele. Tudo o que resta é dar de ombros e lidar com a situação com a máxima descrição possível. O primeiro ataque veio desequilibrado e do homem à esquerda, provavelmente contando o com elemento surpresa. Mas ele estava preparado para desviar para o lado e aplicar um simples golpe de perna que faz o seu atacante cair de mau jeito no chão. Um braço com cheiro de charuto e metal transpassa seu pescoço e tenta lhe aplicar uma chave de braço. Poderia parecer injusta uma luta dois contra um, mas o que aqueles humanos mal sabiam era que na verdade eram eles que estavam em desvantagem. Porém, antes que fizesse qualquer movimento, o agressor simplesmente afasta o corpo bruscamente, como se uma força muito poderosa o puxasse para trás.

-Mas o que...? – escapa dos lábios dele em uma demonstração genuína de surpresa.

Ao virar o corpo ele tem tempo de ver o desconhecido flutuando a alguns centímetros do chão e ser arremessado contra a parede com força suficiente para nocauteá-lo. Os olhos azuis então percebem melhor a mulher a sua frente. Era de uma beleza imensurável e misteriosa, delicada e gentil com seu olhar caramelo terno. Usava um vestido claro que ele não saberia definir se branco ou creme por causa da má iluminação daquela parte da rua. Havia algo de... Poderoso nela, inexplicável e imensurável. Uma aura percorria seu corpo quase invisível.

-Então fui salva por um cavalheiro filho da noite – ela murmura com um sorriso de gratidão – O mundo humano tem mesmo suas surpresas.

-És uma deusa – ele afirma, não pergunta.

-Uma um pouco esquecida, mas que ainda persiste. E que aceitaria um café de seu salvador, estou curiosa quanto a evolução humana e ouço que esta bebida é realmente... Peculiar.

Estaria mesmo ele prestes a sair com uma deusa? Seu ato de bravura agora parecia reduzido a uma precipitação, ela nunca estivera em perigo. Mas ao fitar-lhe os olhos que brilhava com curiosidade ele sabe que estava rendido. Ele era um filho de Nyx, um dos raros que existiam nessa época, e ali ao seu lado estava à deusa Mens em uma de suas raras visitas ao mundo humano. O que aconteceria aquela noite entrelaçará o destino de duas raridades, produzindo um resultado inesperado e mais peculiar do que qualquer um poderia prever ou imaginar.

{...}

1993, Orlando.

Dessa vez ele se chamava Richard e trabalhava como um jornalista. Sentia-se mais livre nesse emprego, não tinha muitos horários a cumprir por trabalhar diretamente no campo. Descobrir fofocas humanas era relativamente fácil para uma pessoa como ele. Estava pronto para sair, trajando roupas sociais e um sobretudo preto. Fora convidado para uma pequena festa na casa de um amigo, sabia que não deveria fazer amizades, mas não teve como evitar quando a própria esposa do rapaz veio convidar-lhe. Ele pousou a mão na maçaneta, a girou começando a assoviar, mas quando seu olhar azulado dirigiu-se para a frente o canto morreu em sua garganta e seu corpo paralisou no lugar.

Era ela. E ela tinha algo em seus braços.

Mens manteve a mesma aparência com a qual o encontrara naquela noite em Chicago. Porém dessa vez trajava um vestido escuro e seus olhos perderam o brilho vivaz de uma jovem donzela. Aquela era como uma mulher preocupada e séria. O embrulho em seus braços choramingou, estava envolvido em um manto vermelho e movia-se com sutileza. Os olhos dele se abriram e por instinto ele recuou um passo. Aquilo era uma criança.

-Não tenho muito tempo para explicar, Daniel – ela o chamou por seu verdadeiro nome – Estarei sendo vigiada prontamente, não me restam mais que alguns minutos.

-Alguns minutos que tentará fazer minha vida virar do avesso, eu já vi isso acontecendo com outros semideuses – ele acusou em um tom levemente frio.

A deusa suspirou, não havia negado o que ele alegou. Ela entrou na casa sem pedir permissão, abraçando a criança com um instinto de proteção visível em cada movimento que fazia, até mesmo o seu olhar a denunciava quando olhava para o embrulho em seus braços.

-Eu deveria ter impedido que isto acontecesse. Mas não pude, simplesmente não consegui. Deuses também são falhos quando tratam-se de seus próprios sentimentos. Porém não há tempo para desculpas ou lamentos – ela começa em um tom claro e lento, não querendo que ele perdesse uma palavra do que dizia – Essa criança é nossa filha. Uma semideusa filha de Mens... Mas que herdou características de seu pai, adormecidas dentro dele mas que se ativaram nesse pequeno ser.

-O que isso quer dizer? Como assim uma filha? Como não me disseste antes? – Daniel parecia acordar de um sonho para descobrir-se em um pesadelo.

-O colocaria em risco, o usariam como ameaça. Estava a protegê-lo – a deusa defendeu-se e pareceu respirar fundo – Escute-me, por favor. Sua mãe, a deusa patrona da noite, tem uma vertente perigosa, uma característica peculiar e... Incurável.

-Fale logo, o que minha filha tem?

Ele já a aceitava. Pelos deuses, tinha uma filha, não estaria mais sozinho. E era filha dela, daquela mulher incrível que conhecera por uma noite e se apaixonara como um humano desprotegido de tamanha beleza e encanto. Seus instintos paternos pareciam se ativar a cada vez que aquela menina se mexia nos braços dela.

-Ela herdou de você, de sua mãe, algo que os humanos chamariam de vampirismo. É uma características que os tornam sensíveis durante o dia, apesar de não morrerem como os humanos fantasiam. Mas precisam de sangue por ter insuficiente dentro do corpo, sendo aceito a infusão de forma externa. O coração dela bate quatro vezes mais rápido que o de um humano normal, por isso é mais quente do que os humanos. Ela deverá se alimentar de comida para poder sustentar os outros nutrientes dentro de seu corpo. Não posso prever o que irá acontecer quando ela crescer, não é permitido que eu fale.

Mens havia discursado a coisa mais absurda que ele já ouvira. Ela queria que ele acreditasse que sua menina era uma vampira, que iria precisar de sangue para sobreviver. Que além de ser uma semideusa também era um monstro. Não! Daniel balançou a cabeça de um lado para o outro, ela não era um monstro, jamais seria! Seria criada por ele, cuidada e preparada para contralar seja lá o que for os seus impulsos. Sem resistir, porém ao mesmo tempo hesitante, Daniel se aproxima cautelosamente da deusa com a criança nos braços. Engole em seco, estica o pescoço e ver uma linda criança de olhos claros e cabelos castanhos.

-Há outra opção – Mens dessa vez murmura, como se o que estava prestes a dizer lhe machucasse – Ela poderá seguir comigo onde será... Aprisionada em um lugar seguro. Viverá e morrerá sem sofrer nenhum dano. Sem nenhum contato com outro alguém.

Daniel fita os olhos caramelos, eles estariam marejados como ele pensava ver? De alguma forma ele podia sentir o que aquela deusa estava passando, a dor de imaginar uma vida de prisão para a pequena a incomodava tanto quanto uma mãe amorosa sentiria. Não tinha dúvidas de que ela estava arriscando algo para estar ali, oferecendo a ele a chance única de dar uma vida melhor e arriscada a sua filha. Mas não segura. Ele respira fundo várias vezes antes de finalmente tomar nos braços a pequena menina.

-Cuidarei dela – ele murmura e a fita com mais determinação – Protegerei nossa filha.

-Ela poderá ser forte, o suficiente para preocupar alguns. Mas eu acredito em você, tenho de acreditar em você – Mens fala em um fio de voz, sem desviar o olhar do dele, mas então pisca varias vezes como se tivesse lembrado algo – Eu tenho de ir.

Antes que ela desapareça como da última vez, Daniel apoia a criança em um braço para poder segurá-la por alguns segundos. A deusa o encara e em um movimento rápido o semideus sela os lábios nos da divindade, a pegando levemente de surpresa apesar dela ter conhecimento das intenções dele segundos atrás. Mens hesita, mas pressiona os lábios uma última vez no amado. Quando se separa ele sente um calor aquecendo seu peito e ao mesmo tempo um vazio o toma quando a observa se afastar. Antes de sair pela porta, ela vira o corpo e dá uma última olhada na menina, ela estica os braços e balbucia pequenas coisas em uma língua que ele não entende.

-Adeus, filha – ela murmura antes de fechar a porta e desaparecer.

{...}

Essa era a história que Daniel contava a filha ao colocá-la para dormir. O filho de Nyx optara por não esconder a verdade dela, sabia que uma mentira quando descoberta poderia enfraquecer alguém e causar emoções duras e violentas, capazes de destruir alguém. Desde o inicio ela poderia crescer forte e conhecedora do que era e não ter medo disso. Ele a nomeou Lauren e a batizou com seu verdadeiro sobrenome, Salvatore.

Lauren primeiro cresceu em um recanto isolado de Orlando. Ela se alimentava de animais e de comida humana, equilibrando a sua dieta especial. Mens ao anunciar que ela precisaria de sangue nunca mencionara que deveria ser humano, fora um alívio ao perceber que era verdade a suposição. Porém, quando a criança completara 6 anos de idade o primeiro infortúnio aconteceu. Um jovem caçador em época de imigração dos pássaros estava em busca de um alvo perto da casa deles. Daniel brincava com a filha perto de um córrego, ensinando para ela algumas coisas simples enquanto se divertiam. O caçador dar o primeiro tiro e Lauren se assusta, correndo rapidamente para o pai.

-O que foi isso? – ela pergunta medrosa.

-Foi um tiro querida, temos de ir – Daniel começara a suar frio, temeroso com o que poderia acontecer.

-Que cheiro é esse? É gostoso.

A criança solta-se do pai com facilidade, é pequena e magra, porém mais hábil do que aparentava. O semideus sente um mal pressentimento e não consegue segurar sua filha novamente, ela sai correndo com todas as suas forças, perseguindo ao cheiro que tanto lhe atraia. Lauren encontra o caçador perto de uma árvore com o braço machucado, sua garganta se aperta e seu estomago revira como se de repente estivesse com fome. Seus olhos fixação por instinto no líquido avermelhado que escorria dele. O caçador em um falso alívio ao ver a criança sorrir de forma calma.

-Oi criança, você está sozinha? – ele pergunta.

Era um homem novo, barba rala e nariz grande. Lauren balança a cabeça negando e engolindo em seco, aproximando-se atraída pelo cheiro e necessidade, precisava ficar mais perto dele, daquele líquido bonito.

-Estou com meu pai – ela afirma aproximando-se cada vez mais – O que aconteceu com seu braço?

-Está sangrando – ele faz uma careta de dor.

-Como os animais – Lauren deduz e sorrir – Então eu posso fazer a mesma coisa que faço com os animais!

Era uma dedução inocente perante um estímulo instintivo e puro. Lauren avança, suas presas crescem no lugar dos dentes caninos e sem que o caçador entenda muita coisa ela pula e lhe morde o pescoço, acertando por sorte a arteira. O homem grita e tenta tirá-la de cima de si, mas ela está tão grudada em seu corpo que ele mal consegue afastá-la alguns centímetros. Ela se deliciava com o sabor que sentia descendo por sua garganta. Era muito melhor que os que Daniel oferecia para ela dos animais, era mais gostoso, doce e viciante.

-Lauren o solte agora!

A voz em fúria do pai a assusta, quebrando o torpor que a bebida lhe proporcionou. Ela solta o homem que cai no chão, sua boca estava melada de sangue e seus olhos assustados, sem entender o que havia feito de errado. Por que seu pai estava bravo? Ela tentou falar com ele, mas Daniel estava mais preocupado em fazer a cena parecer um ataque animal do que tentar explicar o que havia acontecido.

Naquela semana eles saíram de Orleans e se mudaram para Phoenix. Os dias que se passaram Lauren aprendeu o significado da morte e o quanto isso era importante, mesmo que tivesse apenas seis anos. Desde então Lauren ficava mais fraca se não tomasse um pouco de sangue humano, pelo menos um pouco por mês. Era como se seu corpo tivesse ativado algo depois que ela ingeriu o líquido pela primeira vez. Assim Daniel procurou um emprego em hospitais para poder usurpar de bolsas de sangue para dar a sua filha.

Lauren não frequentou a escola, recebeu uma educação especial do pai e raramente saia de casa. As crianças a achavam estranha por só sair a noite e se saísse de dia estava toda coberta e com óculos de sol. Ela não entendia porque eles não se importavam se ela sentia dor ao contato dos raios solares e simplesmente a julgavam esquisita. O pior... O pior era ler seus pensamentos, por mais que Daniel tentasse mantê-la em bairros pouco povoados, Lauren sempre captava um pensamento ou outro dos vizinhos. Os achavam estranhos, perigosos, misteriosos. Tinham medo até mesmo sem que eles fizessem nadas. Daniel se culpava por causa disso, Mens acreditara que ele pudesse dar uma vida de liberdade para a sua criança, mas tudo o que ele podia era prendê-la em regras para protegê-la. A sociedade não a acolheria jamais de braços abertos.

Ela nunca mais atacou a um humano, apesar de sentir impulsos para fazê-lo. Quando adolescente ela já podia ver naturalmente as veias e artérias mais expostas do corpo humano. Pescoço, pulso, peito. Alguns mereciam a morte de tão imorais e animais eram, mas Lauren lembrava-se de seu pai furioso e nada fazia. Sabia que era proibido, sabia que era errado. Mas às vezes nada adiantava falar isso para o seu instinto.

Aos 16 anos aconteceu o “chamado” da loba para que fosse treinada para o Acampamento Júpiter. Fora fácil ceder aos seus instintos e aprender a caçar como um animal, apesar de Lupa ser desconfiada com a garota, levou um ano para que Lauren fosse mandada em direção ao Acampamento Romano. Estava com 17 e teria de viver sem o seu pai do lado para indicar o que era certo ou errado, conviveria com mais adolescentes e seres que ela jamais sonhou em conhecer pessoalmente.

Lauren havia tomado uma decisão. Esconderia o seu “vampirismo” para tentar ter uma vida normal de semideusa, mesmo que para os semideuses essa vida não fosse normal. Para ela era uma esperança de finalmente poder se misturar com os outros sem ser olhada com desconfiança ou estranhamento. Ao menos não por suas pequenas características especiais.



Chegada ao Acampamento
.

O treino com Lupa havia terminado e Lauren fora lançada a um novo mundo cheio de possibilidades. Isso se alcançasse o Acampamento Júpiter primeiramente. Era inicio da noite quando a garota saiu do Vale de Sonoma, o local onde passou seu último ano junto a uma loba mitológica. Não poderia negar que houve vezes em que cogitara a possibilidade de que não iria conseguir. Lupa era especialmente assustadora quando farejava o medo ou a relutância. Mas nada disso parecia importar enquanto o vale ia ficando para trás.

Teria de aproveitar cada minuto em que o sol estaria oculto no horizonte. A noite era o melhor momento para que prosseguisse em direção ao misterioso Acampamento Romano. O motivo era a sua sensibilidade aos raios ultravioletas, sua descendência de Nyx era caracterizada por levar ao pé da letra a denominação de deusa da noite. A primeira noite havia sido uma pequena aventura, desde pequena seu pai evitava levá-la a locais muito agitados e com grande quantidade de pessoas. O medo de que a garota entrasse em meio a tanta gente sempre prevalecia a qualquer outra possibilidade. Mas agora... Havia uma pequena chance de que isso mudasse.

Antes que a primeira noite acabasse, Lauren adentrou em um pequeno bairro de classe baixa e não oscilou em saltar a cerca de uma casa e furtar as roupas. Procurou por um casaco com capuz e calças. Assim evitaria o máximo possível o sol e não se machucaria... Muito. Seus passos durante o dia eram lentos, sentia um incomodo que quase gerava uma dor. Fazia calor e sua sede parecia aumentar com tanta exposição. Mas ela resistia. Não podia perder muito tempo ou iria atrair perigos que talvez não pudesse enfrentar. Para se alimentar usava do dinheiro que seu pai lhe dera antes de ir para o treino com Lupa, chegando até a usar um ônibus para evitar as ruas e o dia ensolarado.

Mas estava agitada. A pressão de estar sozinha e o conhecimento de que não havia ninguém para pará-la caso algo desse errado a amedrontava mais do que havia imaginado. A cada momento que passava durante o dia seu corpo ficava tenso e incomodado. Ao finalmente chegar ao ponto mais próximo do túnel Caldecott, o sol estava descendo ao horizonte para abrir espaço para a esplendida noite. Lauren praticamente arrastou seus passos em direção à entrada do túnel que era guardada por dois guardas.

Haviam dois garotos ali, com lanças e um escudo retangular. Eles a olharam desconfiados e um aproximou com cautela. Lauren desejou falar algo, mas sentiu sua garganta apertar com o calor sofrido e a sede de água que tinha. O garoto apontou a lança e ordenou em alto tom:

-Quem é você? Mostre-se!

Ela ainda tinha o capuz sobre a cabeça. O sol ainda não havia se recolhido e caso se expusesse sentiria uma dor mais aguda do que já sentira outrora, estava já fragilizada pela viagem. Continuou se aproximando na tentativa de poder ser escutada, mas quanto mais o espaço entre eles eram diminuído mais o garoto ficava ameaçador. O rapaz não vacilou em gritar novamente a ordem e dessa vez tentar atacar. Os instintos de Lauren gritaram e suas presas cresceram enquanto ela desviava por puro reflexo. Precisava concentrar-se ou iria atacá-lo! Aproximou em passos rápidos e sussurrou:

-Por favor, vim do Vale de Somona, fui treinada por Lupa. Não sou inimigo.

Lauren cambaleou para o lado, mesmo seus reflexos de vampiro começavam a falhar perante o sol. Pousou as mãos sobre o quadril para poder respirar profundamente buscando por energia perdida depois de se expor um dia quase inteiro à estrela solar algoz. O mesmo garoto que segurava a lança de forma ameaçadora agora segurava o seu braço para ajudá-la servindo como apoio.

-Ela não ta bem! Vou levá-la para dentro, é uma probatio!

Um suspiro de alívio escapou dos lábios da garota quando finalmente havia conseguido. O seu inimigo nessa viagem não fora monstros, mas sim o próprio autocontrole e o sol. Deixou-se guiar pelo túnel e atravessou uma ponte que conectava as margens de um rio. Estava finalmente adentrando o Acampamento Júpiter.



Poderes dos Legados
.

Nível 1. Vampirismo Iniciante: Lauren é o que muitos conhecem como vampiro. Suas presas crescem nos caninos e ela possui naturalmente reflexos apurados, ainda mais durante a noite. É mais rápida e mais forte do que um humano. Necessita de sangue para manter o ritmo cardíaco que é três vezes mais rápido do que o comum, assim sua pele não é gélida, mas sim levemente aquecida. O sol a machuca o suficiente para fazê-la sair da exposição dos raios solares, se ficar demais a dor fica insuportável até causar danos internos. A regeração de feridas é mais rápida do que a dos humanos.

Nível 2. Visão noturna: Consegue enxergar perfeitamente no escuro.

Nível 3. Velocidade: Consegue se mover muito rápido de um canto a outro, porém a longas distâncias a velocidade diminui para não causar cansaço.

Nível 4. Sangue regenerador: O sangue de Lauren tem propriedades de cura e regeneração.

Nível 5. Vampirismo Intermediário: A sede é muito melhor controlada. O sol passa a incomodar um pouco menos e os reflexos se tornam muito apurados. Seus sentidos também melhoram como a audição e visão. A regeneração é muito mais rápida, sendo influenciada pelo consumo do sangue que acelera.

Nível 6. Sedução: O nível de sedução é muito alta, os humanos mal podem resistir a um vampiro, se tornando por muitas vezes uma presa fácil de ser pega.

Nível 7. Força: Consegue aplicar muita força em seus movimentos e ataques.

Nível 10. Hipnose: Ao olhar nos olhos de alguém, um vampiro facilmente consegue hipnotizar alguém. Algumas raças são imunes ou resistentes a esse efeito de indução, porém os humanos são totalmente suscetíveis a isso.


Nível 12. Vampirismo Avançado: O controle da sede é bastante, mas não retira a necessidade dele afinal o coração necessita para continuar batendo. O sol já não dói tanto, incomoda como se seu corpo todo formigasse e se demorar demais volta a doer. Os reflexos são quase perfeitos e sua audição já alcança sons vindos a distância, assim como consegue enxergar perfeitamente. A regeneração é muito rápida e quase espontânea.

Nível 13. Ecolocalização: A audição está tão apurada que esta se torna um radar, permitindo que o vampiro saiba da presença de algo ou alguém com o menor som.

Detalhes Importantes:

A mordida

Quando Lauren morde alguém é liberado uma pequena substância para que a pessoa sinta um pouco de prazer com a mordida. Isso evita que a vítima reaja de forma negativa e a ataque enquanto se alimenta.

A mordida não transforma ninguém, é uma condição que apenas determinados filhos ou descendentes de Nyx possuem.

A imortalidade

Não há imortalidade, ela pode ser morta se a matar de forma a não poder se regenerar. Parando o coração ou acertando o cérebro. Ao continuar pelo menos respirando ela poderá se regenerar.

Envelhece lentamente, mas envelhece.

Religiosidade

Itens como água benta, itens religiosos não machucam. É uma descendente de Nyx e não tem nada a ver com cristianismo. Estacas não são o que matam, mas sim atingir o coração de forma a fazê-lo parar de uma vez.




Lauren Salvatore
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Mensagem por Calígena & Chaos Sex Jan 25, 2013 11:46 am

Ficha Aprovada
Simplesmente adorei sua ficha, parabéns!
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